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O que é economia comportamental?

A Economia Comportamental envolve diversos campos do conhecimento, como economia, neurociência, sociologia e psicologia. Ela se diferencia da economia tradicional pois não considera que a evolução seja capaz de resolver erros ocasionados pela racionalidade limitada que os seres possuem.

A economia tradicional, se apoia bastante na ideia de “homo economicus”, ou seja, homem econômico. Sendo assim, ela considera que as pessoas apenas consomem e produzem, deixando de lado todos os fatores culturais e psicológicos, e julgando o homem como um ser totalmente racional, que toma apenas decisões lógicas.

Dessa forma, a Economia Comportamental entende que o ser humano é a consequência dos hábitos e costumes da sociedade na qual está inserido, e suas decisões são influenciadas por tentações e desejos. Ou seja, as experiências pessoais moldam as pessoas e, portanto, todos estão sujeitos a falhas.

Esse estudo é uma temática muito atual e aponta que as pessoas buscam resultados rápidos, nem sempre satisfatórios, sofrem muita influência emocional e do meio; como por exemplo, tomar decisões em momentos vulneráveis acaba sendo mais difícil.

A partir disso, entende-se a necessidade que as pessoas possuem em ter alguma concretização do que irão receber, como seguros e rendas fixas, evitando se arriscarem, por medo da perda. Essa tendência fruto da Economia Comportamental apresenta a conclusão de forma que os indivíduos possuem um impacto maior ao perder algo do que ao receber.

Assim, os economistas comportamentais, se dedicam a modelar os processos decisórios, a fim de desenvolver métodos e soluções que levem em consideração todos os fatores que influenciam a população. Além disso, buscam compreender o uso mais eficiente da Economia Comportamental, de modo que ajude os indivíduos a tomar as decisões da melhor forma e obterem escolhas que possam causar um impacto positivo.

Como e quando surgiu?

Com relação ao surgimento da Economia Comportamental, não existe uma data certa delimitando o começo e criador do estudo da Economia Comportamental, no entanto, existem alguns nomes que foram fundamentais para o desenvolvimento dessa ciência, como Daniel Kahnemann, Richard Thaler e Herbert Simon.

Muitos historiadores indicam que apenas a partir do ano de 1950, alguns autores começaram a ir atrás de relações que ligassem a parte racional com a cognitiva. Nesse contexto, Hebert Simon foi um desses autores que defendeu a “racionalidade limitada”, que propunha que a mente humana não consegue solucionar problemas além da capacidade que é delimitada pelo comportamento racional.

Entretanto, apenas nos anos 70 que psicólogos cognitivos começaram a pesquisa sobre esses fundamentos para entender a relação entre pensamento racional e a sua influência no comportamento dos indivíduos.

Diante disso, tanto Daniel Kahnemann, quanto Richard Thaler receberam prêmios Nobel de economia e publicaram diversos artigos e obras que são utilizadas diariamente por aqueles que pretendem se aprofundar ainda mais sobre Economia Comportamental.

Sendo assim, por mais que não exista uma data exata e o nome de um criador para esse estudo, diversos autores e pensadores contribuíram para consolidar essa área da ciência. Além disso, esse assunto se encontra em alta nos dias de hoje, sendo que, dificilmente em qualquer área do conhecimento, é comentado sobre racionalidade sem citar outras influências psicológicas que a população sofre diariamente.

Uso da economia comportamental

Uma vez que a Economia Comportamental visa, como principal aspecto, analisar a forma que o comportamento humano e as emoções influenciam na tomada de decisões, o seu conhecimento acaba se tornando um grande aliado de projetos estratégicos para marcas e empresas.

Sua importância reflete no estudo de estímulos ao consumidor. Partindo do pressuposto da teoria, de que os seres humanos tomam decisões irracionais e previsíveis, de acordo com seu cotidiano e seus hábitos, a Economia Comportamental explicita a importância de compreender os gatilhos mentais capazes de interferir na tomada de decisões.

A fim de compreender a fundo sobre esses gatilhos, e a melhor forma de fazer um bom uso na sua empresa, disponibilizamos um conteúdo no nosso blog que pode trazer muitas referências- Gatilhos Mentais: O que são e como aplicar na sua empresa?

Esses estímulos são responsáveis pelo convencimento do consumidor, logo, a partir do instante em que a empresa busca entender o seu público-alvo, está agindo em consonância com os estudos da Economia Comportamental.

O uso de marketing é um dos principais exemplos da importância dessa análise, pois a partir do mesmo é possível compreender o que os consumidores mais procuram em um produto ou campanha, e a partir disso, realizar propagandas da forma mais assertiva, chamando a atenção do público e gerando mais valor para a marca.

Diante disso, essa aproximação com o público pode ocorrer através de palavras que despertem gatilhos mentais, como “grátis” ou “promoção”, e até mesmo cores e referências que chamem a atenção do público e os incentive a pesquisar ou comprar certo produto ou serviço.

Nessas horas se torna ainda mais evidente os estudos que demonstram que o ser humano não toma decisões racionais, baseadas especificamente em suas necessidades, mas sim decisões irracionais, próximas de suas vontades e desejos.

A Economia Comportamental aliada com as propagandas de marketing, busca despertar o “senso de urgência” no consumidor, de forma que, ao analisar a propaganda referente, se sinta na necessidade de adquirir o produto ou serviço.

Nesse viés, é sempre agregador que a empresa tenha conhecimento de seu público-alvo e de seus hábitos de consumo. Nesse sentido, uma ferramenta capaz de melhorar a assertividade do uso da Economia Comportamental é a Pesquisa de Mercado, pois a partir dos insumos oferecidos por esta, a análise dos desejos de consumo fará com que uma empresa tenha mais assertividade ao direcionar investimentos, e compreender as necessidades e problemas.

Além disso, a Pesquisa de Satisfação também pode trazer diversos insumos, ao explicitar os principais pontos fortes e fracos que o ambiente ou organização está tendo, e a partir disso, direcionar o foco das pesquisas para que os “gaps” sejam resolvidos, ou os resultados positivos sejam ainda mais valorizados e acrescentados no serviço oferecido.

A partir de todos os dados ofertados a respeito da importância e influência da Economia Comportamental, é possível visualizar que através dessas estratégias, as empresas terão suas vendas aumentadas e maior fidelização de clientes, que se alinhem com os hábitos de consumo que foram pesquisados.

Portanto, é cada vez mais importante, entender o comportamento de compra dos consumidores do serviço ofertado através da Economia Comportamental, com a certeza de que o conceito da economia clássica, de que o homem é um ser racional e toma decisões totalmente lógicas, não se aplica mais atualmente.

Críticas

Assim como qualquer outra área de estudo, a Economia Comportamental também recebe algumas críticas. Sendo assim, grande parte delas aponta que a economia é uma ciência racional, que trabalha com fatos e dados exatos e, portanto, trazer tanta psicologia para dentro desse estudo, faz com que a racionalidade seja colocada de lado.

Outro ponto que é levantado, é que trazer o lado cognitivo para estudos nesse campo, diz respeito apenas a tomada de decisão e não sobre o comportamento econômico. Além disso, como citado anteriormente, a Economia Comportamental não possui apenas um criador e desenvolvedor, dessa forma, também não existe uma teoria consolidada e única para explicar as tendências de comportamento e a conexão entre a racionalidade e a cognição.

No entanto, é evidente que a importância desse estudo leva em consideração fatores que realmente interferem na capacidade de solucionar problemas em diversas áreas do conhecimento. Sendo assim, a importância desse estudo se sobressai em relação às críticas.

A partir do conteúdo exposto, se torna explícita a relevância dos estudos provenientes da Economia Comportamental nos dias de hoje. A compreensão do assunto, e implementação do mesmo de maneira assertiva e estratégica, com certeza será capaz de oferecer muitos resultados positivos para qualquer serviço que possa ser oferecido.

Ademais, a Empresa Junior Mackenzie Consultoria se dispõe a realizar pesquisas de mercado e satisfação, para que assim as empresas possam ter acesso aos hábitos de consumo de seu público-alvo, gerando maior número de vendas e a consolidação de clientes.

Escrito por: Beatriz Gimenes e Carolina Laguna


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