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Empresa Júnior Mackenzie Consultoria

O empreendedorismo vem dominando e revolucionando o mercado atual, através de inovações nos processos organizacionais e no atendimento das demandas dos clientes. Diante disso, a palavra startup surge frequentemente e obtém um destaque, até mesmo em pandemia. Contudo, o que é uma startup?

O seu significado é amplo, mas, se partimos do sentido literal, a palavra é traduzida em português para arranque, inicialização e lançamento. De acordo com Eric Ries – autor de The Lean Startup (2011) – “Uma startup é uma instituição humana desenhada para criar um produto ou serviço em condições de extrema incerteza”. Ou seja, é uma empresa em fase inicial (ou empresa jovem) que possui uma proposta inovadora de negócios e um alto potencial de crescimento. Sua atuação pode ser em qualquer setor, caracterizando assim um mercado com uma oferta mais eficiente e moderna.

O termo já era falado por autores economistas desde o século 17, mas a sua adaptação e crescimento ocorreram na Era Digital, especificadamente no Vale do Silício, na Califórnia.

A chegada da “bolha da internet” (ou bolha “.com”) na década de 90 também contribuiu, pois popularizou o meio digital e possibilitou a criação de empresas remotamente. Isso atraiu muitos investidores que, na época, acompanharam os ótimos resultados da aplicação de ações na Bolsa de Valores.

Uma startup possui estruturas dinâmicas e processos maleáveis. Seus colaboradores trabalham com etapas fundamentais de negócio bem organizados para evitar falhas e custos desnecessários. Outras características desse comércio são:

  • Repetível: Uma startup é um modelo apto a entregar o mesmo produto ou serviço em grande escala, proporcionando uma experiência uniforme aos seus clientes;
  • Escalável: Significa que um grande número de consumidores, podem ser atingidos diante de custos baixos e preceitos de negócio constantes, tornando a margem de lucro mais alta;
  • Inovação: Inovar é criar uma oferta nova e viável, que gere valor para os beneficiários do mercado. Ou seja, significa desenvolver um produto/serviço que solucione alguma demanda atual do público consumidor. As startups possuem isso no seu DNA e utilizam, majoritariamente, a tecnologia em seus processos para trazer eficiência e eficácia.
  • Cenário de incertezas: Relacionada com a característica acima, a incerteza é um aspecto constante no mercado das startups, visto que elas trabalham com inovações totalmente desconhecidas e disruptivas (que causam uma ruptura com o modelo tradicional de negócio). Nesse contexto há um menor potencial de rentabilidade, e por isso, um planejamento anterior é fundamental para trilhar os objetivos e caminhos possíveis.

Tipos e segmentos

Caracterizando um padrão de mercado, as startups possuem seus tipos e segmentos. Alguns deles são:

  • Small-Business startups: Objetivam apenas movimentar a economia local e possuem visão administrativa limitada;
  • Scalable startups: São empresas que funcionam, mas necessitam de capital de risco (modalidade de investimento) para expandir;
  • Buyable startups: São empreendedores que, com uma ideia inovadora, precisam de capital e investimentos para concretizar e instrumentalizar um modelo de negócio;
  • Lifestyle startups: Empreendedorismo motivado por um sonho ou um objetivo que melhore a qualidade de vida de um grupo de pessoas;
  • Social startup: Focam na promoção da qualidade para comunidades locais ou grupos marginalizados, podendo ser com ou sem fins lucrativos e de iniciativa pública ou privada;
  • Large-company startups: São grandes empresas que já estão no mercado e precisam se reinventar e inovar seus processos e atividades para se adaptar às novas demandas.

Os segmentos dessas organizações variam, podendo ser fintechs (inovação dos serviços financeiros), healthtechs (tecnologias com o foco no setor da saúde) ou legaltechs (startups do mercado jurídico). Como no mercado existem diversos setores, cabe ao empreendedor escolher.

Diante desse cenário, surge a dúvida: Por que as startups são importantes? Além das inovações e do empreendedorismo proporcionados para a economia, as mesmas possibilitam uma alta competitividade nos mercados, o que é positivo tanto para as empresas quanto para os clientes.

As organizações, neste cenário, precisam repensar seus processos, investir em tecnologias e moldar suas estratégias, o que influencia na sua adaptação e na diminuição de custos futuros (além dos bons resultados em vendas). Com isso, o público consumidor encontra-se satisfeito com as novas ofertas e com as necessidades sanadas.

É importante ressaltar também que as startups são vistas como corporações que estão vencendo a crise, não só originada por problemas econômicos anteriores, como também pela COVID-19, atualmente. De acordo com o site Startupi,  o volume de investimentos nessas empresas em abril de 2020 foi 118% superior ao mesmo mês em 2019. Isso se deve pela resiliência em tempos incertos e pelo fato de este negócio se tornar uma boa oportunidade aos investidores.

Exemplos de startups

Em meio a diversas startups, uma das que mais ganhou destaque nos últimos anos é a Uber. A multinacional americana é uma prestadora de serviços eletrônicos na área do transporte privado humano, através de um aplicativo de transporte que permite buscar clientes de acordo com a sua localização.

De acordo com o próprio site da empresa, a ideia surgiu quando os futuros criadores da marca tiveram dificuldades para pegar um táxi na França, em 2008. Sendo assim, após a criação do aplicativo, a empresa cresceu, pela facilidade e preços mais acessíveis.

Atualmente, a Uber possui um valor de mercado de R$325. 200.000.000 (trezentos e vinte e cinco bilhões e duzentos milhões de reais) – segundo o El País – e afirma a atuação em cerca de 600 cidades ao redor do mundo, mudando o estilo de vida de milhões de pessoas. O impacto foi tão grande que até mesmo as indústrias automotivas precisaram se adequar a um novo modelo, pois cada vez menos será necessário ter um veículo.

Outro bom exemplo é a Xiaomi, empresa asiática de tecnologia focada em Mobile Internet. O principal foco da multinacional chinesa são os smartphones, mais baratos e com desempenho semelhante aos aparelhos das concorrentes. Um outro ponto positivo é que os smartphones da marca possuem um sistema de operação próprio, derivado dos aparelhos Android.

Fundada em 2010, a Xiaomi conta com mais de 5.000 colaboradores na China e não para de crescer. Em janeiro de 2020, o site Tecmundo destacou o avanço notório da multinacional e atualizou seu valor de mercado para US$40.000.000.000 (quarenta bilhões de dólares), número bastante significativo.

Como criar uma startup?

O primeiro passo é saber se sua ideia é original. Ou seja, ouvir opiniões, identificar o tamanho do público-alvo e a possibilidade de crescimento da empresa. Além disso, é fundamental analisar se o seu modelo é de fácil reprodução, para evitar futuras cópias e concorrentes.

Em seguida, o próximo passo é avaliar os consumidores e a concorrência para entender as reais necessidades da clientela e apresentar soluções como forma de inovação. O segredo é procurar evoluir o negócio sempre que possível, com o intuito de se destacar dos demais.

Além disso, é fundamental entender quais são os públicos potenciais e as reais necessidades. Através de feedbacks constantes e pesquisas de mercado, é possível esclarecer essas questões e determinar a capacidade de crescimento da marca.

Logo após, é interessante definir os processos, ou seja, como a startup irá lucrar com o determinado produto/serviço. Essa estratégia é de grande diferencial para quem quer entender como a sua empresa irá evoluir, facilitando a criação e torná-la rentável.

A etapa seguinte, consiste em estudar e ser empenhado com seu negócio. Para a empresa funcionar, a pessoa deve compreender a melhor maneira de gerenciar seu negócio. Isso envolve domínio de conceitos fundamentais da Administração, Marketing e Finanças. A preparação e o estudo é de muita importância, já que, aprender na prática, significa correr perigo desnecessariamente.

Por conseguinte, deve ser criado um plano de negócios capaz de tornar a empresa mais rápida e flexível, além de funcionar como forma de autoconhecimento. Assim, fica mais simples apresentar ideias, conseguir sócios e colaborações, ou seja, o networking da marca seria aprimorado.

Atualmente, ficou mais fácil entrar em contato com investidores, visto que o contato ocorre por ligação, sites ou e-mails. É importante uma procura cautelosa e concreta, a fim de conseguir investimentos que não gerem prejuízos futuros.

Em meio a diversas ideias e um ambiente que se transforma initerruptamente, a rapidez com a qual o empreendedor corrige as direções do negócio, diz o quão longe o empreendimento pode chegar. Portanto, manter-se focado na inovação e sua prática é um dos pontos mais importantes.

As empresas jovens que se diferenciam das convencionais por terem um modelo de negócio repetível e escalável – startups – conseguem destaque e grandes resultados no mercado, mesmo arriscando mais e estando em um cenário de incertezas, quando comparadas com as empresas tradicionais.


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