Às vezes “pensar fora da caixa” pode parecer difícil, mas o Design Thinking quebra todas as suas barreiras mentais e te ajuda a sair dessa caixa. Ele servirá como um guia que te mostrará diferentes caminhos para atingir um objetivo, sem se preocupar com as restrições que a caixa impõe.
Antes de conhecermos suas etapas, devemos entender o que é o Design Thinking. Esse método consiste em na maneira de agir para resolver determinados problemas de forma colaborativa. Dessa forma, tendo um objetivo em comum, vários profissionais juntam suas competências para resolver esses problemas, tornando essa solução mais efetiva. Além disso, é uma maneira de encontrar soluções inovadoras que atendam às necessidades reais do mercado por meio da criatividade.
Para entendermos como essa abordagem se tornou conhecida mundialmente devemos saber como ela surgiu. Idealizada por dois amigos, o primeiro chamado David Kelley, professor da Universidade de Stanford e fundador da IDEO, empresa de consultoria de inovação, e seu colega, Tim Brown, atual CEO da IDEO, o Design Thinking se tornou popular por conta de sua empresa, que utilizava a técnica e pela apresentação da abordagem no Fórum Econômico Mundial de Davos, em 2006, estampando revistas após esse evento.
A criatividade está sendo cada vez mais requisitada atualmente. Isso faz com que o Design Thinking seja ainda mais atrativo. A combinação de competências não é a única coisa que ele propõe. Essa abordagem busca juntar a visão de mundo, as experiências culturais e pessoais dos indivíduos a fim de entender um problema por completo e resolvê-lo da forma mais real possível, tornando-se uma abordagem mais “humana”.
Em adição, o Design Thinking apresenta três pilares fundamentais para mantê-lo de pé e em sua essência. O primeiro pilar é a empatia, uma vez que é necessário entender realmente o público e suas necessidades a fim de ser o mais preciso possível ao gerar valor com suas ideias. A colaboração também é essencial no desenvolvimento do Design Thinking. Isso porque tal abordagem cria um ambiente no qual são bem-vindas a variedade de perspectivas e visões, facilitando a geração de ideias.
Desse modo, torna-se propício que as ideias venham da multidisciplinaridade, podendo realizar conexões entre diversas áreas. Ademais, a experimentação é outro pilar no qual o Design Thinking se apoia. Ele se fundamenta no teste das soluções visando mitigar riscos e conseguir utilizar ao máximo os recursos disponíveis. Esse pilar permite que a equipe aprenda com os erros e aprimore cada vez mais suas ideias, sempre evoluindo.
Dessa forma, para que a solução tenha seu impacto potencializado, aplicamos essa técnica em 3 etapas: inspiração, ideação e implementação. A primeira etapa é um momento inicial de observação, ou seja, quando o problema é analisado e seu contexto é entendido, abrindo as portas para que ideias de soluções surjam. É nesse sentido que os problemas e necessidades observados tornam-se oportunidades a serem exploradas.
Em seguida, temos a ideação, etapa na qual o projeto é de fato iniciado. Propostas começam a surgir e ideias começam a ser desenvolvidas, as quais podem se tornar a solução. Nessa etapa é de extrema importância que toda a equipe esteja engajada e que a liberdade de expressão de todos seja incentivada, deixando de lado os julgamentos.
Por fim, a última etapa trata-se de aplicar de fato na prática as soluções e ideias desenvolvidas ao longo do processo. Essa etapa se estende desde planejar e traçar estratégias de como concretizar tais soluções, até os resultados obtidos por elas, os quais mostrariam sua eficiência e eficácia. Assim, após essas etapas, devemos testar essa solução. É um momento de aprendizado, pois de acordo com as reações dos clientes, tanto a solução quanto o trabalho dos funcionários podem ser aperfeiçoados.
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O Design Thinking também permite a utilização de ferramentas em suas etapas. Uma delas é o Brainstorming, um momento com o grupo que tem foco no compartilhamento de ideias, sem julgamentos. Outra ferramenta é o mapa de empatia, que consiste em 6 perguntas sobre a avaliação da situação, ideal para o começo da primeira etapa da abordagem. As seis perguntas são:
- Quais são seus desejos?
- O que ele pensa e sente?
- O que ele escuta?
- O que ele vê?
- O que ele fala e faz?
- Quais são suas dores?
Essas ferramentas facilitam o alcance e a eficiência do objetivo, que nesse caso, é a solução.
Essa abordagem inovadora traz consigo várias vantagens para a empresa que a aplica. Por ser uma forma de solucionar problemas de forma colaborativa, o Design Thinking promove uma integração maior entre os associados de uma empresa. As práticas realizadas com o Brainstorming, incentivam os funcionários a conversar, debater e criar ideias em conjunto, os aproximando e criando um ambiente de trabalho amigável, e promovendo valores como a empatia, e contribuindo para o desenvolvimento de pensamento crítico.
Dessa maneira, os associados se sentem mais motivados, resultando no aumento da produtividade de suas atividades, o que é favorável à empresa. Além disso, por ser uma abordagem inovadora, o Design Thinking também encontra resoluções inovadoras, essenciais para um mercado de trabalho no qual a melhor solução é aquela encontrada de maneira rápida, eficiente e moderna. Outra vantagem de utilizar essa abordagem é na satisfação do cliente, pois baseado nos problemas os profissionais que praticam essa metodologia trarão soluções mais assertivas, com a finalidade de atender o cliente da melhor forma possível, além de garantir sua fidelidade. Este também é fácil de ser implementado, graças à grande adaptabilidade que possui. Ademais, a sua implementação nas empresas seria essencial tanto pelos associados quanto pelos clientes, agregando ainda mais valor.
Um dos exemplos mais conhecidos de Design Thinking aplicado em uma empresa é o case da Linha Sou de shampoos e condicionadores da Natura. Por meio do processo, os pesquisadores da marca observaram que as pessoas preferem produtos mais baratos e menos espaçosos. Considerando isso, foi criada a linha de cosméticos mais sustentável da empresa, “Sou”. O processo se estende até empresas de outros setores também, como a Ambev com o reposicionamento da marca Tônica Antarctica, a Samsung, a Havaianas, e entre outras, representando cases de sucesso nos quais o Design Thinking trouxe inovação, crescimento e desenvolvimento para as empresas.
Em complemento, há diversos cursos de Design Thinking no mercado atual, possibilitando que mais pessoas possam aprender sobre a técnica e como aplicá-la em seu ambiente de trabalho, sendo muito acessível.
Assim, é possível observar que o Design Thinking apresenta grande tendência no mercado nos dias de hoje, representando forte potencial de crescimento. É necessário conhecer o mercado e reconhecer nas fraquezas e necessidades uma oportunidade de inovar. É possível fazer isso por meio de análises SWOT, isto é, estudo das forças, fraquezas, oportunidades e ameaças de uma empresa; pesquisas de mercado; reuniões para coletar insumos; entre outros. Aplicar o Design Thinking em sua empresa significa estar a par das mudanças do mercado e se atualizar para acompanhá-las. É desenvolver um serviço ou solução focado nas necessidades do cliente, é estar preparado para resolver problemas atuais e desafios dessa nova era que demanda soluções eficientes e inovadoras.
Feito por Larissa Cirino e Barbara de Carvalho
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