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A Teoria dos Jogos no nosso dia a dia

Essa teoria pode ser utilizada em diversas áreas e é muito conhecida no mundo dos negócios, unindo conceitos de economia, psicologia, matemática, filosofia, entre outras. Um jogo de pôquer por exemplo, tem sua base fundamentada na teoria dos jogos, visto que em cada jogada, os participantes apresentam uma estratégia por trás, para chegar a um resultado sólido que incapacite seu adversário ou leve ele a realizar ações esperadas.

A teoria dos jogos é o estudo matemático das decisões que envolvam dois ou mais indivíduos. Isto é, quando um decide algo levando em consideração a decisão do outro, criando certa interdependência entre os participantes do “jogo”.

 Além disso, esta também possui uma aplicação relacionada às áreas administrativas, promovendo uma melhor estratégia e tomada de decisão por gestores de empresas. Dessa forma, a teoria apoia-se em soluções matemáticas para incentivar o gestor a utilizar modelos analíticos que influenciam suas decisões diárias. Fazendo assim, com que os outros jogadores tenham efeitos sobre essa escolha inicial.

Mas afinal, o que é a Teoria dos Jogos?

A Teoria dos Jogos refere-se a certos estudos matemáticos, os quais definem estratégias que são utilizadas para auxiliar indivíduos em suas tomadas de decisões de forma individualizada, tendo como base o fato de que o resultado dessa escolha depende do que os outros indivíduos decidem. O exemplo mais comum para se explicar a teoria dos jogos é “O dilema dos prisioneiros”, que foi formulado por Albert W. Tucker com o objetivo de ilustrar a dificuldade de se analisar certos resultados em diferentes tipos de jogos.

O dilema funciona da seguinte maneira: dois ladrões, “A” e “B” foram presos pela polícia e foram acusados pelo mesmo crime. Entretanto, eles não conseguem se comunicar entre si, então o delegado que estava de plantão fez a seguinte proposta: cada um de vocês poderá escolher entre colaborar com os policiais e confessar o crime ou negar. Se nenhum deles confessar o crime, ambos serão submetidos a uma pena de 5 anos. Se os dois confessarem o crime, então ambos ficarão presos por 1 ano. Mas se um confessar e o outro negar, então o que negou será libertado e o que confessou terá que concluir uma pena de 10 anos na prisão.

Esse dilema nos mostra que existe uma alternativa que é benéfica para os dois. Entretanto, quando se pensa na Teoria dos Jogos, é necessário atribuir a individualidade dos jogadores ao ponto de escolher a melhor saída individualmente, já que eles não sabem qual seria a resposta do seu adversário.

Como isso impacta em suas decisões

Com os conhecimentos e pesquisas do ilustre matemático John Forbes Nash foi fundada a Teoria dos Jogos, um estudo aprofundado das escolhas dos jogadores em situações de concorrência.

Partindo do exemplo citado acima, o “O dilema dos prisioneiros”, John Nash desenvolveu uma teoria, mais conhecida como Equilíbrio de Nash. Segundo ele, a estratégia de equilíbrio, é tomar a decisão que é melhor para cada prisioneiro individualmente. E a teoria começa a ser ampliada para várias outras áreas do conhecimento além da matemática, como economia, estratégias políticas e empresas concorrenciais. Equilíbrios de Nash são comuns em inúmeras situações de interação estratégica, tanto entre empresas de pequeno porte quanto em grandes economias como EUA e China.

Atualmente, os economistas utilizam a Teoria dos Jogos para analisar os fenômenos econômicos, em busca de uma situação mais aproveitadora, como exemplo de oligopólios, de rede social e de sistema de votação. Mercados constituídos por um pequeno número de firmas, as quais possuem relativo poder de mercado para estabelecer os preços e quantidades de seus produtos. Além disso, a teoria dos jogos foi importante para ajudar nas tomadas de decisão na administração pública e, principalmente, nas administrações empresariais, buscando conhecer a concorrência de mercado com estratégias que pudessem se beneficiar.

A Teoria dos Jogos tem expandido para diversas áreas como: negociações salariais, táticas de lances em leilões, campanhas de marketing e sistemas de votações, fornecendo uma estrutura de hipóteses capaz de conduzir os tomadores de decisão a escolhas fundamentadas e eficientes.

Por isso, existem muitas empresas atualmente que buscam estratégias, como conhecer o concorrente ao ponto de saber qual atitude ele irá tomar dependendo da situação do país. Neste caso, algumas empresas possuem estratégias dominantes, em que independentemente do movimento que seus concorrentes fizerem, não influenciará em seus resultados.

Aplicação à Distribuição de Custo Conjunto

Na hipótese de uma atividade ser desenvolvida por indivíduos isolados, ou por um conjunto de pessoas, se tal atividade for realizada somente por cada indivíduo, cada um terá um custo particular. Porém, se a atividade for desempenhada pelo grupo de indivíduos, o ganho de escala total será maior, reduzindo drasticamente o custo total. Ou seja, o custo total será menor do que o custo na hipótese de cada indivíduo agir sozinho. Agora, como que a distribuição do ganho de escala entre os indivíduos poderia ser feita? Como distribuir o custo conjunto, visto que não existe uma forma objetiva e direta de dividir o custo total entre os participantes.  Para isso acontecer, é necessário que os custos sejam distribuídos de maneira que nenhum indivíduo sinta que está financiando o outro. Outrossim, existe uma condição para que não haja um tipo de imposição de subsídio.

Além disso, a distribuição de custo entre os participantes pode ser feita tornando a situação em um jogo “multijogador”, ou seja, cooperativo com pagamentos e dívidas.

O objetivo de uma boa gerência é criar um sistema de bonificação para os indivíduos que assumem riscos ao tomar decisões grandes, fazendo com que prêmios individuais tenham uma ligação benéfica com o valor do resultado da decisão. Já a lucratividade de uma empresa pode ser classificada como dependente da soma dos lucros conjuntos que têm a possibilidade de serem obtidos pela boa coordenação de todas as unidades. Como o custo administrativo é um custo conjunto, ele deve ser dividido entre todos os centros de decisão, fazendo com que o interesse privado de cada centro de decisão se alinhe com o interesse da organização. Isso traz um jogo cooperativo onde os membros são os decisores que fazem parte da corporação.

Conclusão

Em suma, a Teoria dos Jogos, mesmo tendo curtos momentos de estagnação, está sempre progredindo. Sua história constitui um forte desenvolvimento de novos conceitos e técnicas. Tal metodologia pode ser vista de maneira equivocada como uma simples abstração e sem ligação ao mundo real, devido à falta de concretização das novas técnicas. Essa sistematização da Teoria é importante pois reúne os conceitos fundamentais de onde se deriva todos os conceitos. Por serem conceitos básicos, é permitida a verificação da organização com a prática.

Por fim, nota-se que a Teoria dos Jogos promove contribuições para diversos ramos do conhecimento humano, independentemente dos participantes representarem empresas, grandes economias ou até mesmo indivíduos comuns. O impacto dessa teoria é fundamental para toda e qualquer empresa, possibilitando a previsão de ações de concorrentes, uma melhor análise concorrencial e melhores decisões e escolhas de associados e consumidores.

Feito por Henrique Garcia e João Zibelli.


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